As marcas do Porto medieval, dos judeus e de outras épocas...
Andar pelas ruas do Porto, é um programa obrigatório para os turistas que aqui chegam e deixam-se levar pelas vielas estreitas, pela vida da cidade que está muito fora de portas e pelo patrimonio histórico e cultural. Mas também quem vive na cidade não fica indiferente com tanta riqueza histórica e arquitetonica.
Fazer o percurso pedonal na zona da Vitória, é quase que entrar num livro de história.
Uma história que começa há muito tempo atrás, num período medieval, onde o Porto era cercado pelas muralhas Fernandinas, que posteriormente uma boa parte foi destruída, mas que hoje ainda podemos ver partes delas na zona da Ribeira (ver AQUI) e em Miragaia (ver AQUI).
Muralhas estas que se estenderam pela zona da Vitória, que antigamente chamava-se o Morro do Olival. As suas ruínas foram descobertas durante a construção do edifício da Cadeia da Relação, bem aqui...
Logo ali ao lado, na Rua de Trás, ainda pode-se encontrar em algumas casa, algumas ruínas destas muralhas...
E na escada do Caminho Novo, podemos ver muitas partes das muralhas, quando vamos a caminho da zona ribeirinha...
Os judeus trouxeram para o Porto, a grande sua vertente para os negócios, e aumentou ainda mais a característica da cidade como sendo uma cidade de trabalho e de negócios.
Podemos ver na Vitória marcas desta época. A arquitetura dos edifícios era o que hoje vemos em muitas casas antigas do Porto. Edifícios onde as lojas e oficinas dos trabalhadores tinham as portas para a rua e em cima eram as suas moradias...
Nesta casa, podemos ver um apoio para colocação de um tabuleiro na janela para exposição dos produtos à venda. Sempre a pensar no comércio...
Andar pela Vitória é observar diversos exemplares de arquiteturas entre os séculos XV e XVIII...
Mas é também ver o moderno se misturar com o tradicional.
Por entre a vizinhança mais antiga, circulam por lá os muitos jovens que frequentam algumas escolas de arte da região. Esta é a mistura mais frequente da cidade do Porto...
Por ali, nas proximidades das Escadas da Vitória vemos ainda mais as marcas daquele tempo medieval e da judiaria...
Tempo em que as vielas eram estreitas, as fachadas das casas não tinham o mesmo alinhamento, porque não existiam carros, as pessoas apenas andavam... a pé.
E hoje ao andarmos à pé pela Vitória, conseguimos observar as marcas, sim as marcas nos edifícios e muros
como por exemplo...
Ali, muitas casas tinham a seguinte marca acima das portas:
Que significava Foreiro a Câmara, ou seja o imóvel era da Câmara Municipal, e quem ali morava pagava um imposto para a Câmara.
Já os edifícios com a marca esculpida de um arcanjo Miguel, significava que tinham que pagar o foreiro ao ao Cabido...
Muitos edifícios, apresentam imponentes Brasões nas suas fachadas que muito dizem à respeito dos seus proprietários...
Já esta marca, significava que aquela casa estava assegurada...
Esta com a nossa hoje tão conhecida @, significava que aquela casa fora construída ou reformada em determinado ano...
Uma marca muito importante e de significado muito especial, que algumas casa mantém até hoje, é uma cruz em sua parede externa.
Numa determinada época, os reis de Portugal decidiram que os judeus teriam que ser expulsos do país e só poderiam por ali permanecer caso se convertessem ao cristianismo.
Aquela cruz em suas casas determinavam que ali vivia um novo cristão, e por isso não era mal tratado...
Um percurso incrível com muita história, cultura e curiosidades.
Além de ter excelentes vistas para o Porto!
Se vem ao Porto, ou vive na cidade, não deixe de descobrir estas marcas que o tempo não apagou...
Exibir mapa ampliado
Fazer o percurso pedonal na zona da Vitória, é quase que entrar num livro de história.
Uma história que começa há muito tempo atrás, num período medieval, onde o Porto era cercado pelas muralhas Fernandinas, que posteriormente uma boa parte foi destruída, mas que hoje ainda podemos ver partes delas na zona da Ribeira (ver AQUI) e em Miragaia (ver AQUI).
Muralhas estas que se estenderam pela zona da Vitória, que antigamente chamava-se o Morro do Olival. As suas ruínas foram descobertas durante a construção do edifício da Cadeia da Relação, bem aqui...
Logo ali ao lado, na Rua de Trás, ainda pode-se encontrar em algumas casa, algumas ruínas destas muralhas...
E na escada do Caminho Novo, podemos ver muitas partes das muralhas, quando vamos a caminho da zona ribeirinha...
É ali, na zona da Vitória onde foram instaladas muitas famílias de judeus que fugiram da Espanha, numa época em que aquele país era dominado pelos árabes. Ficou então conhecida como a judiaria.
Onde estavam as casas destes judeus também foi levantado um muro para que os mesmos ficassem protegidos, numa especie de gueto.
Podemos ver na Vitória marcas desta época. A arquitetura dos edifícios era o que hoje vemos em muitas casas antigas do Porto. Edifícios onde as lojas e oficinas dos trabalhadores tinham as portas para a rua e em cima eram as suas moradias...
Nesta casa, podemos ver um apoio para colocação de um tabuleiro na janela para exposição dos produtos à venda. Sempre a pensar no comércio...
Andar pela Vitória é observar diversos exemplares de arquiteturas entre os séculos XV e XVIII...
Mas é também ver o moderno se misturar com o tradicional.
Por entre a vizinhança mais antiga, circulam por lá os muitos jovens que frequentam algumas escolas de arte da região. Esta é a mistura mais frequente da cidade do Porto...
Por ali, nas proximidades das Escadas da Vitória vemos ainda mais as marcas daquele tempo medieval e da judiaria...
Tempo em que as vielas eram estreitas, as fachadas das casas não tinham o mesmo alinhamento, porque não existiam carros, as pessoas apenas andavam... a pé.
E hoje ao andarmos à pé pela Vitória, conseguimos observar as marcas, sim as marcas nos edifícios e muros
como por exemplo...
Ali, muitas casas tinham a seguinte marca acima das portas:
Que significava Foreiro a Câmara, ou seja o imóvel era da Câmara Municipal, e quem ali morava pagava um imposto para a Câmara.
Já os edifícios com a marca esculpida de um arcanjo Miguel, significava que tinham que pagar o foreiro ao ao Cabido...
Muitos edifícios, apresentam imponentes Brasões nas suas fachadas que muito dizem à respeito dos seus proprietários...
Já esta marca, significava que aquela casa estava assegurada...
Esta com a nossa hoje tão conhecida @, significava que aquela casa fora construída ou reformada em determinado ano...
Uma marca muito importante e de significado muito especial, que algumas casa mantém até hoje, é uma cruz em sua parede externa.
Numa determinada época, os reis de Portugal decidiram que os judeus teriam que ser expulsos do país e só poderiam por ali permanecer caso se convertessem ao cristianismo.
Aquela cruz em suas casas determinavam que ali vivia um novo cristão, e por isso não era mal tratado...
E também, nas pedras das muralhas, ainda podem-se ver algumas marcas que determinavam o grupo de trabalhadores que ajudou a construir aquele pedaço da muralha, possibilitando então identificar as pessoas que receberiam o pagamento por aquele trabalho...
Além de ter excelentes vistas para o Porto!
Se vem ao Porto, ou vive na cidade, não deixe de descobrir estas marcas que o tempo não apagou...
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Excelente texto sobre o Porto medieval que não me canso de o calcorrear, Rita.
ResponderExcluirMas tenho que fazer um pequeno reparo ao seu texto:
A marca do Arcanjo S. Miguel indicava exclusivamente que essa casa pertencia somente ao Cabido. A marca do Bispo era a roda de facas do martírio de Santa Catarina, marca essa que ainda se pode ver em algumas casas na Rua das Flores, rua esta que foi aberta nos terrenos pertencentes à horta do Bispo.
Continue com este seu excelente trabalho de divulgação do Porto Parabéns.
Paulo! Muitíssimo obrigada! Já fiz a correcção. Cumprimentos!
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